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A História

$2600

O Chevrolet Opala foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela G.M. no Brasil, tendo sido produzido de 1968 a 1992.

 

Histórico

 

Seu projeto demorou cerca de dois anos, sendo finalmente apresentado no salão do automóvel de São Paulo no dia 19 de Novembro de 1968. A receita do Opala combinava a carroceria alemã do "Opel Rekord C / Commodore A", fabricado de 1966 a 1971, à mecânica norte-americana do "Chevrolet Impala". E ao longo de seus 23 anos e 5 meses de produção contínua, passou por diversos aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas.

 

Foram oferecidas duas opções de motores durante a produção do Opala 4 cilindros para as versões básicas quanto luxuosas ou esportivas, so que com mais economia, e 6 cilindros para as também versões básicas, luxuosas ou esportivas. Todos os motores usados no Opala foram derivados de motores da Chevrolet Norte-Americana.

 

Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972.

 

Opala 4 cilindros

 

No lançamento, o motor quatro cilindros deslocava 2509 cc(153 pol. cubicas) e era derivado da versão revista do "Stovebolt", desenvolvido para equipar a linha basica do ChevyII Nova de 1961 mantendo a tradicional concepção de motor com comando de válvulas no bloco. Em 1974, foi revisto, com aumento do diâmetro e redução do curso dos pistões, com pequena redução do deslocamento para 2455cc(151 pol. cubicas).

 

Em 1979, passou por mais alguns refinamentos (pistões mais leves, bielas mais longas) ganhando com isto, maior suavidade no funcionamento e maior facilidade para funcionar em regimes de rotação mais altos. Na mesma época, passou a ser oferecida a a opção do combustível álcool, um biocombustível de menor poder calórico, mas que produz mais potência que a gasolina por aceitar uma taxa de compressão mais elevada, além de ser menos poluente. Existiram duas versões de motores de 151 polegadas cúbicas, que eram denominadas como o tradicional 151 e a versão apimentada denominada 151s. Os motores Opala 4 cilindros a álcool traziam um desempenho bem mais "alegre" do que os de 4 cilindros a gasolina.

 

Com acelerações mais rápidas e velocidade final bem superior aos modelos a gasolina, o Opala 4 cilindros a álcool era indicado para quem procurava uma "pitada" a mais de desempenho nos já fortes e robustos Opalas de 4 cilindros.

 

Os motores 4 cilindros eram definidos por cores em algumas épocas, como o azul, que indicava que o motor era o 151S com carburação dupla e duplo estágio, o verde, que indicava o motor 151 com carburador de corpo simples e o amarelo, que indicava o motor a álcool, de todos o mais forte.

 

Opala 6 cilindros

 

O motor de seis cilindros (3800cc) era um desenvolvimento ("Geração III") do veterano "Stovebolt", com um bloco bem mais leve,e com sete mancais principais. Destinava-se aos modelos superiores do Chevy II Nova, aos Impala e Chevelle da GM nos Estados Unidos.

 

Aqui, seguiu passando por várias atualizações: logo em 1970, adotou girabrequim de curso aumentado, elevando seu deslocamento para 4100 cc(250 pol. cubicas), equipando tambem os utilitários "Chevrolet Bonanza", "Chevrolet Veraneio", as pick-ups "Chevrolet A20", "Chevrolet C20" e "Chevrolet Silverado" no Brasil. Aperfeiçoamentos importantes (pistões mais leves, bielas mais longas,injeção multiponto, cabeçote com portos de admissão individualizados)o qualificaram para uso no sedan de luxo "Chevrolet Omega CD" a partir de 1996, quatro anos depois do fim da carreira comercial do Opala.

 

Opala SS

 

O Opala SS (Super Sport, ou Separeted Seats), versão de caráter esportivo do Opala, estreou o motor "4100" e tornou-se o carro mais rápido do Brasil, à frente do Dodge Charger R/T e do Ford Maverick GT. A versão SS foi oferecida também com 4 portas, somente em 1971. Posteriormente ganhou a opção do motor "2.5" quatro cilindros, que durou até 1980 quando infelizmente já tinha perdido grande parte de sua caracterização esportiva.

 

Para manter a concorrência com o famoso motor Ford quadrijet, a Chevrolet lançou em 1976, o famoso motor "GM 250S", uma preparação envenenada do "4.1", usando tuchos mecânicos, carburador duplo e comando de válvulas esportivo. Com este novo ajuste, a potência saltou de 115 para 153 cv líquidos — uma sensível melhora da performance.

 

Motor opcional com taxa de compressão 9,2:1, feito para homologação na antiga Divisão 1 da CBA. Havia versões mais comuns do "250" com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, e potências líquidas entre 134 cv a 153 cv, respectivamente.

 

Caravan

 

Em 1975, a linha Opala ganhou a versão "Station Wagon" chamada Caravan. Uma perua derivada diretamente do Opala, que trazia maior espaço para bagagem, com opções de motores "2.5 de 4 cilindros" e "4.1 de 6 cilindros", e na versão SS a opção do esportivo motor "250S" ou do também esportivo "151S". O Opala foi eleito diversas vezes, desde 1975, um dos melhores automóveis nacionais.

 

O fim de sua produção (Caravan) aconteceu junto ao do Opala, quando foram produzidos e vendidos mais de 1 milhão de unidades!!

 

Opala, um carro competitivo e de excelente desempenho

 

O Opala também foi, e continua sendo, muito bem sucedido em competições. Ressaltam-se as provas de Stock Car, Turismo e Provas de Arrancada, onde o Opala era concorrente direto do Ford Maverick. Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes, e grande disponibilidade de peças de alta performance para o motor 4.1 litros e uma boa quantidade de melhorias para o 2.5 litros de 4 cilindros.

 

Opala, conforto aliado a desempenho e segurança

 

O Opala sempre foi tido como um carro de excelentes freios, direção e suspensão bastante equilibradas, aliado a isto, o conforto de um carro potente e com bastante torque, o que resulta em saídas rápidas e muita força em subidas de serra e ultrapassagens mais que seguras na estrada[carece de fontes?]. Apesar do tamanho, o Opala por ter motores fortes e robustos, era um veiculo fácil de conduzir na cidade.

 

No ano de 1980, o Opala passou por uma forte mudança de estilo, a fim de se adequar à moda das formas retangulares dos carros nos anos 80. Com isto, apareceu a famosa versão Diplomata, em 1980 e logo em seguida, a Caravan Diplomata 1985. Tinham requintes de luxo como ar condicionado, ar quente, vidros elétricos, antena elétrica, retrovisores elétricos, porta malas com acionamento elétrico, desembaçador traseiro, travas elétricas e mais uma infinidade de recursos que os mantinha no topo da linha da GM brasileira, ganharam nova frente e nova traseira, com faróis e lanternas retangulares e farol de neblina somente na versão Diplomata, embora a parte central da carroceria fosse mantida igual. A partir daí, seguiram alguns retoques em detalhes estéticos, de suspensão e carburação, até o fim da sua produção.

 

Opala, uma historia de sucesso

 

Uma série limitada especial, do encerramento da produção do Opala, idealizada por Luiz Cezar Thomaz Fanfa, foi batizada "Diplomata Collectors". Os últimos 100 Opalas produzidos levam este nome e traziam um vídeo VHS sobre a história do opala e chaves douradas.

 

O último ano de produção do Opala foi 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão em 16 de abril deste ano, quando centenas de pessoas fizeram piquete e uma passeata que passou buzinando na porta da GM em São Caetano do Sul, protestando contra a retirada do Opala de fabricação.

 

O ultimo Opala fabricado, um modelo Diplomata, está em posse da Chevrolet, em local de destaque no acervo da empresa, atualmente exposto no Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul. A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega, que não obteve o mesmo sucesso do Opala.

 

Opala Hoje

 

O Opala hoje é um carro de muitos admiradores, é também muito utilizado em provas de arrancada, onde é extraído mais 700cv aspirado. O motor original é pouco aproveitado e planejado, assim, basta aumentar taxa de compressão, mudar comando e melhorar alimentação, que sua potência sobe significativamente.

 

Motores e desempenho

 

Opala 250-S

Opala 2500 1969

Combustível: Gasolina

Potência máxima liquida: 80 cv a 4000 rpm

Torque máximo liquida: 16,1 kgfm a 2600 rpm

Velocidade máxima: 162km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 14,1 sec

 

Comodoro 151S 1977

Combustível: Gasolina

Potência máxima bruta: 98 cv a 4800 rpm.......... Potência máxima liquida:88 cv a 4600 rpm

Torque máximo liquido:16,6 Kgfm a 2600 rpm

Velocidade máxima: 164km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 13s

 

Opala De Luxo 3800 1969

Combustível: Gasolina

Potência máxima bruta: 125 cv a 4000 rpm

Torque máximo bruto: 26,2 kgfm a 2400 rpm

Velocidade máxima: 177km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 12,5s

 

Opala Diplomata 2.5 1987

Combustível:álcool

Potência máxima líquida: 98 cv a 4000 rpm

Torque máximo líquido: 19,8 kgfm a 2000 rpm

Velocidade máxima: 176,9 km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 12,1 s

 

Opala SS 4100 1971

Combustível: Gasolina

Potência máxima bruta: 140 cv a 4800rpm

Torque máximo bruto: 29 kgfm a 2000 rpm

Velocidade máxima: 187km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 11,0s

 

Opala SS 250-S 1976

Combustível: Gasolina azul de alta octanagem

Potência máxima líquida: 172 cv a 4800 rpm

Torque máximo líquido: 29,7 kgfm a 2.400 rpm

Velocidade máxima: 221km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 9,9s

 

Diplomata 4.1/S 1986

Combustível: Álcool

Potência máxima líquida: 135,0 cv a 4.000 rpm

Torque máximo líquido: 30,9 kgfm a 2.000 rpm

Velocidade máxima: 198 km/h reais

Aceleração 0-100 km/h: 10,2 s

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